Cachorro que sofria maus-tratos morre após ser resgatado em Ilhota.

- 7:05 PM


Um cachorro foi vítima de maus-tratos e acabou morrendo em Ilhota na segunda-feira. Ana Paula Machado, filha da vereadora Renata Narcisio, aqui de Itajaí, recebeu a denúncia pelo Facebook. Ana é dona de uma empresa de salgados, mas já é bem conhecida por sempre atender caso de maus-tratos a animais. O cachorro chegou a ser resgatado, mas morreu no veterinário.

Logo que recebeu as fotos e vídeos da situação do cachorro, Ana acionou os policiais militares, mas teve certa dificuldade por ela ser de Itajaí e o caso acontecer em Ilhota. Os policiais daqui a ajudaram a passar o caso pra PM de lá.

A moça, que denunciou o caso pra Ana, tentou entrar na casa pra dar banho, comida e água pro cachorro, mas a tutora a expulsou. “Ela expulsou a moça dizendo que era invasão a domicílio, mas tem uma lei que nos permite entrar em qualquer residência pra salvar um animal”, disse Ana.

O resgate de animais que sofrem maus-tratos é previsto pela Constituição e também pelo Código de Processo Penal. Nessas situações, a casa pode ser invadida a qualquer hora do dia ou da noite pra libertar o animal.

Ana Paula fez uma publicação nas redes sociais pedindo ajuda pra, caso o animal sobrevivesse, cobrir as despesas médicas. Ela também pediu um lar temporário pro bichinho. “Nem que fosse judicialmente, mas eu ia ficar com esse cachorro”, disse.

A postagem no Facebook repercutiu tanto, que a tutora do cachorro apareceu pra se defender. Ela disse que o cachorro era velho, estava doente, mas era bem cuidando. Logo, as mensagens de desaforo para a tutora do cachorro começaram a aparecer.

Já com o pessoal na porta da casa esperando a PM pra resgatar o cachorro, a tutora viu a movimentação e, segundo Ana, tirou o cachorro do quintal dos fundos, onde ele ficava amarrado, e o enrolou num pano pra disfarçar. A tutora ainda queimou a casinha e os panos que eram do cachorro, como forma de encobrir os maus-tratos.

A PM conseguiu resgatar o animal por meio de uma autorização pra entrar na casa. Segundo Ana, a tutora alegou ter problemas psicológicos e que nunca havia feito nada por ele. O estado do animal era crítico. Ele estava sujo de fezes e cheios de buracos de feridas pelo corpo.

Ele foi levado ao veterinário, mas morreu meia hora após o resgate. Ana disse que, segundo laudos, o cachorro já estava há um bom tempo nessa situação.

A tutora do cachorro assinou um termo circunstanciado por maus-tratos.

Fonte: olharanimal
Advertisement