Apesar de não haver indícios de transmissão entre humanos e animais pela Covid-19, cuidados são necessários. Além disso, pets podem ser afetados por outros tipos de coronavírus.
A pandemia causada pelo novo coronavírus deixou a população mundial em alerta. Devido à alta contagiosidade, além da preocupação com a própria saúde e de familiares, muitas pessoas se preocupam com o possível risco de contaminação dos animais de estimação.
Os médicos veterinários enfatizam, sobretudo, que não há motivo para pânico, pois não há indicação que a Covid-19 contamine os cães. Existem, no entanto, coronavírus que acometem diferentes tipos de animais. Um exemplo é o vírus causador da Coronavirose Canina, também chamada de Gastroenterite contagiosa dos cães.
O animal, por meio de lambedura, via respiração ou alimentação, pode ser infectado. O médico veterinário Eduardo Ribeiro Filetti explica que o vírus vai para a mucosa intestinal do cão e posteriormente há a descamação da parede intestinal.
Coronavírus animal
Isso causa queda na absorção e digestão dos alimentos. Assim, conforme explica o veterinário, um dos primeiros sinais do problema é a prostração – apatia, ausência de reação a estímulos, bem como a falta de apetite.
Os sintomas clínicos incluem diarreia leve ou moderada, perda de peso, desidratação, elevação de temperatura e lacrimejamento.
O tratamento, explica Filetti, consiste em hidratação e medicação – com soros, vitaminas e remédios para vômitos e cólicas – do cachorro.
A medida para prevenir a Coronavirose Canina é simples: vacinação, por meio da V8 ou V10.
O profissional indica que cães podem ser vacinados a partir de dois meses de idade, e a segunda dose pode ser administrada três ou quatro semanas após a primeira.
Além de enfatizar a importância da vacinação, a veterinária Adriana Souza dos Santos, da AmahVet, também salienta que não há motivo para preocupação com transmissão cruzada – entre animais domésticos e humanos.
Apesar disso, no fim de fevereiro deste ano, um cão cuja dona foi infectada pela Covid-19 em Hong Kong testou positivo para a doença, deixando tutores alarmados.
Mais uma vez, os profissionais da área dizem que não é motivo para alarde, já que o cão teve como resposta “fraco positivo” para o novo coronavírus.
Adriana explica o que esse nível baixo do vírus indica.
“Significa que foi encontrado vestígios de RNA viral, porém que mesmo após análise, não foi possível concluir se o RNA era composto por partículas virais intactas que são as infecciosas ou se são apenas fragmentos do RNA, que não são contagiosos”, esclarece.
Já nos gatos, o coronavírus é responsável pela Peritonite Infecciosa Felina (PIF), que causa efusão pleural ou peritoneal – acúmulo de líquido livre no abdômen ou tórax.
A transmissão pode ser transplacentária ou pela eliminação fecal do vírus, e ainda não há uma vacina com a eficácia comprovada.
Outras espécies, como bovinos; galinhas; baleias belugas; cavalos e morcegos também estão sujeitos à contaminação por tipos de coronavírus.
Via:https://mundodospets
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